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1 – INFORMAÇÃO DE SUPORTE
De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), salienta-se para as próximas 48 horas:
Informação Meteorológica:
- Precipitação persistente, por vezes forte, nas regiões do Norte e Centro, com acumulados entre 30 a 60 mm/12H durante o dia de hoje e entre 30 a 40 mm/12H para amanhã
- Possibilidade de queda de neve acima dos 1400 metros de altitude na Serra da Estrela, a partir da madrugada de sexta-feira
- Vento do quadrante oeste, por vezes até 45 km/h, e com rajadas até 70 km/h na faixa costeira, em especial hoje, e nas terras altas até 80 km/h
- Agitação marítima, com ondulação de noroeste até 5 metros na costa ocidental até final do dia de amanhã
2 - EFEITOS EXPECTÁVEIS
Os episódios típicos da estação são propícios:
- À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento
- A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras
- À instabilização de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo
- Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública
3 – MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO
O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Alcobaça, recomenda a tomada das necessárias medidas de precaução e especial atenção às possíveis consequências:
Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais:
- Com a ocorrência de precipitação, as quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento
- Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios
- Desta forma, recomenda-se a limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que ali se depositaram previamente à época das chuvas (a verificação da funcionalidade dos sistemas de drenagem urbana é, por isso, essencial)
- Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações
Cheias motivadas pelo transbordo do leito de cursos de água:
- O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias
- Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas) assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias
Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
- Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento
- Limpeza de linhas de água assoreadas
- Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água
- Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água
- Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água
- Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água
- Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos
- Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais
- Identificação de novos “pontos críticos” (aglomerados populacionais, edificações, vias de comunicação, pontes/pontões, etc.)
Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte
- Os ventos fortes ou muito fortes, contínuos ou em rajada, são fenómenos muito frequentes, que podem arrastar, com perigo para os cidadãos e danos para o património, estruturas que não se encontrem devidamente fixadas
- Recomenda-se que se verifiquem todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes
- Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a facilidade de remover/desmontar essas estruturas, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis
Recomenda-se ainda:
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de gelo nas vias rodoviárias
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte
- Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil, Bombeiros e Forças de Segurança
Em conclusão, o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Alcobaça, apela à atenção de todos os para a observância das situações acima descritas, adotando e divulgando as medidas preventivas, com vista à mitigação dos riscos descritos e por forma salvaguardar a proteção dos cidadãos e dos seus bens.