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Colóquio internacional dedicado ao Enoturismo regressa ao Museu do Vinho de Alcobaça a 9 de novembro

Notícias

09 de outubro 2019

ENOMEMÓRIAS & ENOTURISMO: OS TERRITÓRIOS CULTURAIS DO VINHO.

Colóquio Internacional - A Paisagem e o Património Secular do Vinho. Os Vinhos Históricos.

 

Data: 9 novembro 2019

Local: Museu do Vinho de Alcobaça – Adega dos Vinhos Tintos

Horário: 10h00 – 13h00 | 15h00 - 20h00

Organização: Câmara Municipal de Alcobaça - Museu do Vinho de Alcobaça

Patrocínio Científico: Instituto Universitário da Maia

Parceria: AMA – Associação Amigos do Mosteiro de Alcobaça

 

 

 

O Museu do Vinho de Alcobaça acolhe no próximo dia 9 de novembro mais uma edição do Colóquio Internacional Enomemórias & Enoturismo, Os Territórios Culturais do Vinho.

Este ano dedicado à temática dos vinhos históricos, o colóquio visa debater a noção atual do território do vinho associado à memória secular, quer no que toca à sua identidade histórica, cultural, imaterial e material, cujos simbolismos têm vindo a evoluir com o passar do(s) tempo(s). Como se estabelece hoje essa fronteira entre o passado e o devir da memória vinhateira.

De que falamos hoje, quando falamos do(s) património(s) histórico(s) do vinho? Estas são algumas das questões que especialistas convidados de Portugal, Espanha e Arménia irão debater na véspera do Dia Internacional e Europeu do Enoturismo que se comemora a 10 de novembro.

O colóquio organizado pela Comissão Instaladora do Museu do Vinho de Alcobaça e com o patrocínio científico do Instituto Universitário da Maia, contempla ainda no seu programa o lançamento da obra científica “Enomemórias & Enoturismo: os territórios culturais do vinho. Paisagem, museus, comunidade” resultante das comunicações proferidas no colóquio ibero-americano do ano transacto no Museu do Vinho de Alcobaça.

O evento encerra com a projeção do Filme Mother Vine: A Mátria do Vinho do realizador norte-americano Ken Payton cuja obra regista centenas de anos de tradições e costumes nacionais na arte de produzir vinho. A participação à gratuita e decorre entre as 10h00 e as 20h00 na Adega dos Vinhos Tintos.

 

Pressuposto

O colóquio visa debater a noção atual do território do vinho associado à sua memória secular, quer no que toca à sua identidade histórica, cultural, imaterial e material, cujos simbolismos têm vindo a evoluir com o passar do(s) tempo(s). Como se estabelece hoje essa fronteira entre o passado e o devir da memória vinhateira. De que falamos hoje, quando falamos do(s) património(s) histórico(s) do vinho?

 

Proposta Temática

Seguindo os processos mais clássicos ou adoptando a modernização, os vinhos históricos mantêm-se como um produto único enquanto representante da cultura secular do vinho. Ao longo dos tempos, a técnica de produzir vinho foi passada de geração em geração em alguns casos, de forma quase imutável. Não há apenas uma forma de fazer vinho, já que a produção varia consoante a tradição local. Esta condição confere uma dimensão territorial, paisagística e proto tecnológica, diferenciadora e posiciona-os como expressões potenciadoras de uma patrimonialização do vinho com um forte cunho identitário para as regiões. Nesta posição, encontramos em Portugal um rico lastro patrimonial: vinhos de Talha no Alentejo, o vinho Palhete de Vila de Frades, o Colares com as vinhas plantadas em chão de areia, o vinho de Enforcado na região dos vinhos verdes, o Verdelho nos Açores ou, finalmente, os vinhos de tradição monástica, como os de inspiração cistercienses de Alcobaça, Lamego ou Ourém. Respeitando as castas autóctones, bem como a arte e o engenho da tradição, por vezes quase primitivos, estão ainda ligados à qualificação e valorização, mesmo do ponto de vista económico, do produto. Importa descortinar então quais os requisitos elementares desse cunho valorativo histórico do vinho. Qual a sua real expressão e incidência no desenvolvimento do(s) território(s) vinhateiros em Portugal e no mundo. Perspectivas e realizações patrimoniais seculares na paisagem contemporânea do vinho.

 

Comissão Organizadora

Alberto Guerreiro (CMA/CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/CIDEHUS - U. Évora)

António Valério Maduro (CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/CEDTUR - ISMAI)

Eduardo Gonçalves (Diretor do CEDTUR – ISMAI)

 

Oradores

Alberto Guerreiro (CMA/CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/CIDEHUS - U. Évora)

António Valério Maduro (CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/CEDTUR - ISMAI)

António José Pinheiro (CEDTUR-ISMAI)

Aurélio de Oliveira (Prof. Catedrático ap. da FLUP; CEDTUR - ISMAI)

Eduardo Gonçalves (Diretor do CEDTUR – ISMAI)

Ignácio Garcia Pereda (APAI, Espanha)

João Pedro Mendonça (CEDTUR-ISMAI)

Jorge Custódio (CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/IHC/APAI)

Luís Elías Pastor (Antropólogo, Espanha)

Mkrtich Harutyunyan (Doutorando do ISA, Arménia)

Rui Rasquilho (CIMVA - Museu do Vinho de Alcobaça/Historiador, AMA)

Virgílio Loureiro (Prof. Associado ap. ISA - U. Lisboa)

 

 

 

PROGRAMA

 

10h00 - ABERTURA

Paulo Jorge Marques Inácio, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça

Eduardo Gonçalves, Vice-reitor do Instituto Universitário da Maia

Rui Rasquilho, Presidente dos Amigos do Mosteiro de Alcobaça

 

 

10h30 - 12h30 Painel: Património Secular do Vinho. O Caminho da História

Moderador - Rui Rasquilho

Virgílio Loureiro, Ainda será possível salvar o "último vinho cisterciense da Europa da cristandade”?

António Maduro, O que nos dizem as fontes históricas sobre os vinhos de talha do Alentejo

Aurélio de Oliveira, No país dos verdes. Os vinhos no contexto da estrutura produtiva e da paisagem agrícola. 1500-1870/80

Jorge Custódio, Os Expositores de Vinhos Portugueses na Exposição Universal de Paris de 1889.

 

12h35 - lançamento da obra científica “Enomemórias & Enoturismo: os territórios culturais do vinho. Paisagem, museus, comunidade” (ISMAI, 2019)

A obra reúne o conjunto de intervenções comunicadas no Colóquio Iberoamericano de Património Cultural do Vinho, intitulado “Enomemórias & Enoturismo: Os Territórios Culturais do Vinho. Paisagem, Museus, Comunidade”, que teve lugar no dia 10 de novembro de 2018 na Adega dos Vinhos Tintos do Museu do Vinho de Alcobaça, onde partindo de uma abordagem multidisciplinar foram apresentados casos relevantes dentro do contexto ibero-americano com exemplos que permitem a identificação de expressões paradigmáticas sobre a patrimonialização do vinho cuja conservação da memória possui uma feição contemporânea.

 

13h00 - Almoço

 

15h00 - 17h45 Painel: Vinhos Históricos. Salvaguardar o Futuro

Moderador – Ignácio Garcia Pereda (APAI, Espanha)

Luís Elias Pastor, El Paisaje de algunos viñedos Históricos en Peligro

Mkrtich Harutyunyan, Armenian heritage wine-making: From tradition to innovation

Alberto Guerreiro, Musealizar o património secular do vinho: perspetivas e desafios

Eduardo Gonçalves, João Pedro Gonçalves e António José Pinheiro, Turismo e Vinho: Multifuncionalidade territorial e desenvolvimento integrado

João Pedro Mendonça, Eduardo Gonçalves, Para um percurso enoturístico na Região do Távora – Varosa

 

18h00 - Projeção do Filme - Mother Vine: A Mátria do Vinho de Ken Payton (EUA, 2011: 109' min).

Sinopse - nas palavras do próprio realizador, "(...) introduz ao público da Europa e da América o que está em causa em Portugal enquanto ela se confronta com a modernização (...)". Numa tentativa de registar centenas de anos de tradições e costumes nacionais na arte de produzir vinho e responder à questão sobre se essas mesmas tradições irão resistir a essa mesma modernização, o realizador Norte-Americano percorre vários cantos de Portugal, registando imagens e sons da colheita das uvas e dos seus processos de transformação.  

 

Organização: CMA, MVA,

Patrocínio Científico: ISMAI, CEDTUR, CEDTRAD, CIDEHUS

Parceria: AMA, APAI, Adega Cooperativa de Alcobaça, Granja de Cister

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