
09h00 | 11h00 | 14h00
“Contopias”
com Jorge Serafim
Contar é o ato de apagar fronteiras. De separar o que importa do que não. Contopias são contos ao redor do mundo que têm na palavra a forma de reencontrar as pessoas em tudo o que as une e separa. Em tudo o que as assemelha e diferencia. São histórias, índias, africanas, europeias, orientais, árabes, narradas numa única sessão. Talvez o contador de histórias seja o último reduto da utopia. O homem que pela palavra encontra semelhanças que diluem as ignorâncias invasivas. Esta viagem condensada numa única sessão pretende atravessar o mundo e os seus ouvintes, reaproximando-os em toda a geografia do afecto. Essa é a força maior da memória e da palavra partilhada sem preconceito.
Saber quem somos, para saber que os outros também o são!
Local: Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça
Público-alvo: 7º ao secundário
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10h30
Teatro
Os Bichos
de Miguel Torga
Marcada pela intemporalidade, BICHOS, a Arca de Noé torguiana, é oferecida ao público em representação teatral - como um privilégio -, e a encenação de apenas dois dos catorze contos que constituem a coletânea, não minimiza o conhecimento profundo e integral da obra. Em todos os textos, deparamo-nos com o esplendor do mistério e da simbiose da vida entre Bichos e Homens, irmãos desiguais da criação divina. De facto, Miguel Torga escreve aqui a essência selvagem da condição humana: o Homem é apenas um bicho natural, igual aos outros bichos, feito de nervos, órgãos, ossos e músculos, capaz de sobreviver com sangue, suor e lágrimas, no agreste mundo natural.
Nesta obra, os bichos são, tão somente, metáforas dos homens, perdidos da sua pureza iniciática, traidores da solidariedade umbilical e cósmica pela qual nunca se deveriam ter deixado de reger, nem desrespeitado as leis de um universo infinito que comanda a vida sobre a terra. A contemporaneidade desta obra, publicada em 1940, relembra leitores e espectadores que o nosso mundo e o de Torga continuam iguais, afinal de contas: é urgente que os bichos, animais e humanos, viajando pelo universo na mesma Arca de Noé – a Terra Mãe – se debrucem sobre si próprios e encontrem na naturalidade dos instintos a pacificação das suas lutas: com Deus, com Natureza ou consigo mesmos, na arena secreta dos seus labirintos interiores.
Na obra BICHOS, aprende-se em cada entrelinha e a maior de todas as lições é aquela que Torga deixou sublinhada em cada conto: todos os bichos são humanos e o Homem é, afinal, apenas mais um “bicho da terra tão pequeno” – como há cinco séculos já o definiu Luís de Camões.
*Ana Paula Mateus (docente, escritora)
Local: Centro Cultural Gonçalves Sapinho
Público-alvo: 3º ciclo

21h00
“Contopias”
com Jorge Serafim
Contar é o acto de apagar fronteiras. De separar o que importa do que não. Contópias são contos ao redor do mundo que têm na palavra a forma de reencontrar as pessoas em tudo o que as une e separa. Em tudo o que as assemelha e diferencia. São histórias, índias, africanas, europeias, orientais, árabes, narradas numa única sessão. Talvez o contador de histórias seja o último reduto da utopia. O homem que pela palavra encontra semelhanças que diluem as ignorâncias invasivas. Esta viagem condensada numa única sessão pretende atravessar o mundo e os seus ouvintes, reaproximando-os em toda a geografia do afecto. Essa é a força maior da memória e da palavra partilhada sem preconceito. Saber quem somos, para saber que os outros também o são!
Sobre Jorge Serafim
Jorge Serafim é natural de Beja e trabalhou durante 12 anos na Biblioteca Municipal no setor infantojuvenil, onde exerceu funções na área da promoção do livro e da leitura. É um contador de histórias tradicionais de todo o mundo, sendo esta uma atividade que vem exercendo há mais de vinte anos e que o leva a percorrer o país de norte a sul. Jorge Serafim também é conhecido do público português como humorista, tendo participado em diversos formatos televisivos. Na área da escrita é autor de diversas obras: “O Corvo Branco” – teatro para a infância; “O amor é Solúvel na Água” – teatro; “A.Ventura” – poesia; “A Sul de Ti” – poesia; “Estórias do Serafim” – humor; “Sonhar ao Longe” – infantil; “ A Minha Boca Parece um Deserto” – infantil e "Não há seda nas lembranças" - romance. Também foi ator na companhia de teatro “Arte Pública” e ator/fundador na companhia de teatro “Lêndias D’Encantar”.
Ala Sul Café
Público Geral | M/6 | 90 min