
09h00 | 11h00 | 14h00
“Contopias”
com Jorge Serafim
Contar é o ato de apagar fronteiras. De separar o que importa do que não. Contopias são contos ao redor do mundo que têm na palavra a forma de reencontrar as pessoas em tudo o que as une e separa. Em tudo o que as assemelha e diferencia. São histórias, índias, africanas, europeias, orientais, árabes, narradas numa única sessão. Talvez o contador de histórias seja o último reduto da utopia. O homem que pela palavra encontra semelhanças que diluem as ignorâncias invasivas. Esta viagem condensada numa única sessão pretende atravessar o mundo e os seus ouvintes, reaproximando-os em toda a geografia do afecto. Essa é a força maior da memória e da palavra partilhada sem preconceito.
Saber quem somos, para saber que os outros também o são!
Local: Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça
Público-alvo: 1º ao 6º ano
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10h00 | 14h00
Oficina de ilustração
Vida e Obra de José Saramago
pelo Atelier de Papel
O Atelier de Papel apresenta a oficina de ilustração “Vida e Obra de José Saramago”. Num espiríto lúdico e educativo, esta oficina promove o conhecimento da vida e obra de José Saramago. O aluno é levado a captar ambientes, a expandir o pensamento e transportá-los para o universo da ilustração. Ilustrar é contar... forma-se o gosto, despertam-se sentidos estéticos e sensibilidades, estimula-se a criatividade, afirmam-se vocações e amplia-se a percepção visual do que nos rodeia. A ilustração transporta-nos para uma dimensão plástica, feita de cores, formas, texturas e relações volumétricas, um encontro feliz, que nos faz sorrir espontaneamente!
Local: Externato Cooperativo da Benedita (Pequeno Auditório)
Público-alvo: 12ª ano

18h30
Apresentação Literária
ENCONTRO COM ESCRITORES
José Milhazes, Jorge Prata e Rui Rasquilho
Apresentação do livro “A Mais Breve História da Rússia” de José Milhazes
Moderação de Jorge Prata e Rui Rasquilho
Sobre José Milhazes
Nação de proporções colossais ou continente? Luz do mundo ou terra condenada? Aliado da Europa e do Ocidente ou seu adversário mortal? Território de santos, czares, poetas, pintores, revolucionários e músicos, a Rússia é um enorme mistério que importa desvendar. Esconde uma história tão rica, antiga e diversa quanto desconhecida. José Milhazes, o grande especialista português da Rússia, propõe neste livro uma viagem fascinante que atravessa séculos e séculos da história, cultura e civilização russas, que começa nos povos eslavos vários séculos antes de Cristo e acaba na actualidade, com Putin. Nesta edição que inclui dezenas de fotografias e mapas – além de uma cronologia e de bibliografia aconselhada para quem quiser saber mais – fique a conhecer a geografia, os povos, as grandes figuras, efemérides e feitos desta grande nação em permanente devir.
Sobre Jorge Prata
Jorge Prata é doutorando em História, ramo História Medieval, mestre em História da Idade Média e em Estudos do Património, e professor de História na Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça.
Sobre Rui Rasquilho
Rui Vieira Rasquilho nasceu em Alcobaça a 3 de Março de 1945.
Em julho entrou pela primeira vez num mosteiro construído e vivido por cistercienses, Santa Maria de Alcobaça.
Mais tarde percebeu que o seu batismo se havia realizado na Sala dos Reis perante inúmeras testemunhas em barro cozido e que, tirando o Papa Alexandre III e S. Bernardo, os outros haviam sido todos reis.
Viveu em Alcobaça até ao início da Escola Primária; depois, veio São Pedro do Sul, Fundão, Castelo Branco e Alcobaça, onde fez a 4.ª classe e a admissão ao Liceu, em Leiria, no edifício do Convento franciscano da Portela.
Alcobaça, Tomar, Cascais, Caldas da Rainha, Porto de Mós, Lourenço Marques (atual Maputo), o largo périplo antes da universidade em colégios e liceus, até à Guerra Colonial. A universidade em Luanda, a Faculdade de Letras de Lisboa, o bacharelato e a licenciatura, uma breve ameaça de doutoramento, porque nesse tempo não havia mestrados.
A Revolução de Abril, o início da vida profissional, o ensino e sucessivas missões fora dele. A Faculdade de Pedagogia, de vida curta, o Departamento de Estrangeiros da Faculdade de Letras, a Campanha do Património, a XVII Exposição do Conselho da Europa, o primeiro livro sobre o mosteiro de Alcobaça e os seus coutos e um outro sobre os Descobrimentos.
Entrava no final da sua década de 30. Vieram depois vinte anos em Rabat e em Brasília: Adido Cultural, Conselheiro Cultural, a direção do Instituto Camões no Brasil e a Comissão dos 500 anos da Viagem de Cabral. Muitas comendas de várias nações (Portugal, Brasil e Marrocos) e outras que não são comendas, mas são condecorações.
Andaram sempre os dois – ele e a sua melhor metade, a Né.
E… conferências no Canadá, nos E.U.A., no Brasil, no Japão, em Marrocos, no Chile, na Argentina e, é claro, em Portugal. Mais livros, a poesia na década pessoal de 50, o Mosteiro outra vez, os congressos sobre Cister, e outra vez o Ensino. E, na sua década de 60, a direção do mosteiro de Alcobaça, a recordar haver sido fundador da ADEPA em 1976.
O Interact e o Rotary desde os 18 anos e os Amigos do Mosteiro quase a chegar à sua década dos 70. E continua, vejam bem, no Museu do Vinho.
Também tem uma diáspora: o filho nasceu em Angola, a neta no Brasil, e vão vivendo aqui e ali. Agora é Timor-Leste e Indonésia. Amanhã, nem eu sei. Mas todos os dias vejo o limite nascente da herdade de Alcobaça, a Serra dos Candeeiros. O Sol, esse, põe-se para o lado do mar.
Em suma:
Professor aposentado.
Diretor, presidente, comissário, diplomata aposentado.
Historiador, especialista em história local.
Conferencista.
Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça
Público Geral | M/6 | 90 min
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20h30
Cinema
1618
de Luís Ismael
- sessão com a presença do realizador
Cidade do Porto, 1618. Matos de Noronha, visitador da Inquisição, dirige-se para a cidade, numa carruagem escoltada pela sua guarda. Muitos cristãos-novos são suspeitos de terem praticado heresias judaicas. António Álvares, mercador e filantropo respeitado pelos habitantes do Porto, é o primeiro alvo da visitação. A fuga parece ser o seu único caminho.
A Inquisição continua a perseguir os judeus portugueses, enviando o visitador Sebastião de Noronha para a cidade do Porto. Com a família e a sua comunidade em perigo, António Álvares decide delinear um plano de fuga. Baseado em factos verídicos, o filme “1618” conquistou mais de 50 prémios internacionais em festivais de cinema.”1618″ faz parte de um projeto inter-religioso e de combate ao antissemitismo entre a Comunidade Judaica do Porto (detentora dos direitos sobre o filme) e a Diocese católica do Porto.
Ficha artística e técnica
2021 | Drama Histórico | M/14 | Brasil-Portugal | 90’
Com: Pedro Laginha, Francisco Beatriz, Catarina Lacerda
Sobre Luís Ismael
Luís Ismael, cujo verdadeiro nome é Luís Miguel da Rocha Ferreira, é um cineasta, argumentista e ator português. Confessa que começou a interessar-se por fazer cinema aos 17 anos de idade. Luís nasceu em Valongo, no Porto, a 20 de novembro de 1971. É particularmente conhecido pelo seu trabalho na trilogia “Balas e Bolinhos”, cujo primeiro filme estreou em 2001 e o último, mais recentemente, em 2012. Luís Ismael dirigiu, escreveu e inclusivamente participou como personagem nos filmes. O cineasta não se cinge somente aos filmes, em 2009 realizou e argumentou uma curta- metragem intitulada “consequências”. Luís Ismael já participou também noutras atividades paralelas com humoristas, nomeadamente com Fernando Rocha e Óscar Branco. Óscar caracteriza o seu trabalho como “cinema que podemos chamar nosso” (2018). Mais recentemente na sua carreira, Luís Ismael realizou um filme de comédia português em Janeiro de 2018, intitulado de “Bad Investigate”. O seu mais recente filme, “1618” já conquistou mais de 50 prémios internacionais em festivais de cinema.
Cine-Teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro
Público Geral | Entrada Livre | M/14 | 90 min
veja o trailer aqui