A localidade de Paredes foi fundada em dezembro de 1282 por D. Dinis. O seu foral era uma carta de povoação para 30 moradores com o objetivo de defender este sítio costeiro dos piratas. D. Dinis concede um novo e segundo foral em setembro de 1286. Um terceiro e último foral foi concedido por D. Manuel I em outubro de 1514 - sendo este uma tradução do segundo foral Galaico-Português D. Dinis para o Português vigente no reinado de D. Manuel. A 17 de Maio de 1368, D. Fernando doou Paredes da Vitória ao Mosteiro de Alcobaça, com o propósito de as suas rendas recaírem para a salvação da alma de seu pai D. Pedro I, que jaz naquele Mosteiro. A vila de Paredes progrediu até ao final do séc. XV, chegando a atingir perto de 600 fogos. No entanto, devido ao assoreamento, a vila começou a despovoar-se. Nas primeiras contagens da população, em 1527, atribuem apenas 27 vizinhos a Paredes.
A Mina do Azeiche, localizada a sul da praia das Paredes da Vitória, constituiu, no âmbito português, um caso de pioneirismo de exploração de betume e asfalto. É considerada a primeira exploração de hidrocarbonetos em Portugal. A sua exploração iniciou-se em 1843 e a 27 de março de 1844 foi redigido o primeiro Alvará de exploração. A mina foi explorada regularmente até 1848, ano em que os trabalhos foram suspensos devido à falta de rentabilidade. Em 1856, depois de formada uma nova sociedade, os trabalhos foram retomados. Durante esta segunda concessão, foi construído um vasto complexo industrial como a fábrica da Mina, que albergava diversa maquinaria e caldeiras para destilação do asfalto, fornos de cal e telha, casas para os mineiros e uma fábrica de produtos químicos. Os trabalhos foram novamente suspensos em 1861, provando, novamente, a falta de rentabilidade da Mina. Até meados do século XX eram realizadas esporádicas extrações. Durante o século XX foram realizadas diversas prospeções por engenheiros ingleses, entre as quais se destaca a de 1933 com a abertura de novas galerias e poços. A dispersão dos bancos de asfalto, comprovaram, novamente, a falta de rentabilidade da Mina.
PONTOS DE INTERESSE
Paisagens de Paredes da Vitória, Ruínas da antiga fábrica da Mina, ruínas do posto fiscal, entrada da galeria da Mina e forno de tijolo / telha
DESCRIÇÃO DO PERCURSO
O percurso tem início no Vale de Paredes, próximo do edifício da Etar. Sobe-se a Avenida N. Sra da Vitória para o lado sul, em direção ao parque de campismo. Na rotunda, segue-se pela rua Mina do Azeiche, em direção à localidade da Mina. No fim da rua, e próximo da última habitação do lado direito, surge um pequeno trilho que conduz às ruínas e à entrada da antiga galeria da Mina. O percurso continua por esse trilho e termina próximo das ruínas do antigo complexo industrial da Mina do Azeiche. No final do trilho, pode-se optar por regressar pelo mesmo percurso ou continuar a descida até à praia, seguindo para norte até ao ponto inicial.
PATRIMÓNIO NATURAL
Uma das maiores manchas florestais do concelho de Alcobaça são as Alvas de Pataias, Paredes da Vitória, Mina do Azeiche e Água de Madeiros, nesta freguesia. É formado maioritariamente por espécies Mediterrânicas. No entanto, devido à inexistência de barreiras geográficas entre a influência Atlântica e Mediterrânica, ocorrem também neste território diversos táxones com características tipicamente atlânticas.
Em solos de areia praticamente estéreis, o pinheiro-bravo ou marítimo (Pinus pinaster) é a espécie dominante num regime florestal de monocultura.
Relativamente à fauna, o esquilo-vermelho destaca-se pela abundância e comportamento destemido, sendo que, ocorre atualmente em toda a área das Alvas.
FICHA TÉCNICA DO PERCURSO
- Nome do Percurso: Mina do Azeiche
- Localização:
Concelho: Alcobaça
Freguesia: União de Freguesias de Pataias e Martingança
- Tipo de circuito: Pequena Rota linear
- Sentido aconselhado: ida e volta
- Ponto de Partida e Chegada: Paredes da Vitória, Jardim da Avenida Nossa Senhora da Vitória
- Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 39.70092563, -9.04832232
- Extensão total aproximada: 3.2 km
- Duração aproximada: 1h
- Altitude:
Máxima: 65 m
Mínima: 14 m
- Grau de dificuldade: II - fácil
- Época Aconselhada: Todo o ano. Em dias chuvosos não é aconselhável a realização do percurso.
- Material aconselhado: Mapa, bússola, binóculos, máquina fotográfica, boné, água, óculos de sol, caderno de notas, agasalho para vento, roupa e calçado confortáveis.
- Promotores do Percurso e Contactos:
União de Freguesias de Pataias e Martingança
Rua do Cruzeiro 16-24, Pataias
Tel 244 589 156 | E-mail: geral@ufpm.pt
Site: www.ufpm.pt
Câmara Municipal de Alcobaça
Posto de Turismo de Alcobaça
Rua Araújo Guimarães, 28
2460-025 Alcobaça
GPS: 39.549615, -8.978705
Tel: 924 032 615 | E-mail: turismo@cm-alcobaca.pt