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PR15 ACB - Alfeizerão – Paisagens da Serra

Alfeizerão é um termo de origem árabe (Al-cheizaram) e significava caniço ou canavial, mas seria de fundação romana, pois aqui teria existido a povoação Araducta. Foi encontrado um marco miliário romano da estrada que ligava Eburobritium (Óbidos) a Colippo (perto de Leiria). Com a reconquista e a doação destas terras à Ordem de Cister, Alfeizerão tornou-se numa das 13 vilas dos Coutos de Alcobaça e recebeu carta de foral em 1340. Na época possuía castelo no morro sobre a lagoa e porto de mar. A Lagoa de Alfeizerão era a fronteira das terras dos Coutos, uma vez que a sul se situavam as terras de Óbidos. Com o assoreamento da lagoa, o porto passou para S. Martinho e as terras foram drenadas no século XVIII, tendo sido regularizados os cursos das Ribeiras da Amieira, de Alfeizerão e de Tornada, que hoje atravessam o vale em canais, numa cota superior à dos terrenos agrícolas. Para a drenagem dos campos, o sistema de valas só se encontra com as ribeiras junto à foz, em Salir do Porto.

 

 

 

PONTOS DE INTERESSE

Lavadouro público: Construção dos anos 40 de grande qualidade estética, construído pelo Estado Novo junto à nascente onde foi feita a captação de águas para a Pousada de S. Martinho, canalizada por conduta subterrânea de cerca de 1 km.

 

Escola do Casal Pardo: Construída nos anos 40, faz parte do Plano Centenário, do Estado Novo, que dotou as aldeias de edifícios escolares. Hoje funciona como Jardim de Infância.

 

Capela de N. Sra. do Rosário: Construída nos anos 40 para servir os fiéis do Casal Pardo e das aldeias na serra.

 

Miradouro da Cadarroeira: No lado oeste da aldeia desfruta-se de uma das melhores vistas sobre o vale tifónico, Alfeizerão, S. Martinho do Porto e Salir do Porto, bem como a baía, o oceano Atlântico e o arquipélago das Berlengas.

 

Açude do Vale do Moinho: No Estado Novo foi construído um açude na Ribeira de Alfeizerão para conter águas para regas, mas colapsou passado pouco tempo e restam as ruínas. Uma pequena ponte em betão permite atravessar a ribeira neste ponto.

 

Fonte do Vale das Hastes: Junto a um pequeno curso de água, brota na margem oposta uma nascente, que é canalizada de forma rústica sobre o ribeiro, para aproveitamento das suas águas.

 

Miradouro do Casal do Aguiar: Depois do alto do moinho desfruta-se de novo das vistas sobre a paisagem.

 

Pão de Ló de Alfeizerão: Pão de Ló húmido de origem conventual com poucos ingredientes mas de exigente preparação e cozedura. Após a extinção das ordens religiosas, os monges foram expulsos e às monjas foi permitido que ficassem nos mosteiros até à sua morte. A pequena comunidade do Mosteiro de Coz foi transferida para o Convento de Odivelas, mas as suas criadas não as puderam seguir. Algumas delas foram acolhidas pela família Ferreira em Alfeizerão e com elas trouxeram a receita deste pão de ló húmido. Passou a ser confecionado de vez em quando, sobretudo para famílias abastadas, como a do cavaleiro tauromáquico Vitorino Fróis, da Quinta Nova de S. José, onde o rei D. Carlos era visita assídua.

 

Casa do Pão de Ló: Foi a primeira casa a comercializar o doce, em 1925, numa sociedade entre Maria Ferreira, a detentora da receita, o pároco João de Matos Vieira, sua irmã Adília e Adelino António Ferreira, proprietário da Quinta dos Casais (em cujos fornos era cozido o doce). O atual edifício é dos anos 40, após a dissolução da sociedade. 

 

Fábrica do Pão de Ló - Café Ferreira: Depois de dissolvida a sociedade, Maria Ferreira, a detentora da receita, fundou a sua própria fábrica e iniciou também a comercialização do Pão de Ló de Alfeizerão.

 

 

 

 

DESCRIÇÃO DO PERCURSO

Início e fim no Largo do Pão de Ló. Para oeste, sob a A8 e a N8, pela esq. e em frente pelo caminho do vale. No lavadouro, pela dir. até à capela. Pela dir. na rua principal, na primeira rua à dir., de novo à dir. na rua principal, para a Cadarroeira. Depois do cruzamento, na primeira à dir., de seguida à esq. e depois, antes de começar a subir, faz o gancho à dir. e desce pelo caminho em frente. Depois pela esq. até ao vale, passa pelo pomar e atravessa a Ribeira de Alfeizerão pela pequena ponte do açude. Segue à esq. ao longo da margem e sobe pela estrada à dir.. Junto às casas e à fonte do Vale das Hastes, pela dir. sobe o caminho florestal até ao asfalto e até à rua principal. Pela dir. até ao fim do asfalto e pelo caminho que desce pela esq. e que, pela dir., acompanha a A8. Passa sob o viaduto, atravessa a N8 até atingir o troço antigo da N8 e pela dir. passa a ponte e entra em Alfeizerão, no Largo do Pão de Ló.

 

 

 

 

PATRIMÓNIO NATURAL

Destaca-se a grande variedade faunística característica da zona rural, desde aves de caça, de rapina, canoras e outras, bem como coelhos, javalis, raposas, texugos, saca-rabos e esquilos. Na flora destacam-se as espécies endémicas como carvalhos, sobreiros, pinheiros, carrascos, urzes, murtas e silvas e as plantadas como o eucalipto, as árvores de fruta e as vinhas. Enquanto nas encostas predominam as espécies florestais, no vale destacam-se os pomares e as courelas de hortícolas. Ao longo da Ribeira da Amieira mantem-se a vegetação ripícola constituída sobretudo por salgueiros, choupos, amieiros, aveleiras e canas.

 

 

 

 

FICHA TÉCNICA DO PERCURSO

  • Nome do Percurso: Alfeizerão – Paisagens da Serra
  • Localização:

 Concelho: Alcobaça

 Freguesia: Alfeizerão

  • Tipo de circuito: Pequena Rota Circular
  • Sentido aconselhado: Sentido dos ponteiros do relógio
  • Ponto de Partida e Chegada: Largo do Pão de Ló
  • Coordenadas GPS: Latitude /Longitude: 39.49891064, -9.09429313
  • Extensão total aproximada: 8,5 km
  • Duração aproximada: 2h30
  • Altitude:

Máxima: 160 m

Mínima: 16 m

  • Grau de dificuldade: II - fácil
  • Época Aconselhada: Todo o ano. Em dias chuvosos não é aconselhável a realização do percurso.
  • Material aconselhado: Mapa, bússola, binóculos, máquina fotográfica, boné, água, óculos de sol, caderno de notas, agasalho para vento, roupa e calçado confortáveis.
  • Promotores do Percurso e Contactos:

Junta de Freguesia de Alfeizerão

Rua de Moçambique, n.º 11

2460-147 Alfeizerão

Tel.: 262 999 290 | Fax: 262 999 290

E-mail: j.f.alfeizerao@sapo.pt

 

Câmara Municipal de Alcobaça

Posto de Turismo de Alcobaça

Rua Araújo Guimarães, 28

2460-025 Alcobaça

GPS: 39.549615, -8.978705

Tel: 924 032 615 | E-mail: turismo@cm-alcobaca.pt

 

 

 

 

 

 

 

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