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PR14 ACB - Alfeizerão – Azenhas da Macarca

Alfeizerão é um termo de origem árabe (Al-cheizaram) e significava caniço ou canavial, mas seria de fundação romana, pois aqui teria existido a povoação Araducta. Foi encontrado um marco miliário romano da estrada que ligava Eburobritium (Óbidos) a Colippo (perto de Leiria). Com a reconquista e a doação destas terras à Ordem de Cister, Alfeizerão tornou-se numa das 13 vilas dos Coutos de Alcobaça e recebeu carta de foral em 1340. Na época possuía castelo no morro sobre a lagoa e porto de mar. A Lagoa de Alfeizerão era a fronteira das terras dos Coutos, uma vez que a sul se situavam as terras de Óbidos. Com o assoreamento da lagoa, o porto passou para S. Martinho e as terras foram drenadas no século XVIII, tendo sido regularizados os cursos das Ribeiras da Amieira, de Alfeizerão e de Tornada, que hoje atravessam o vale em canais, numa cota superior à dos terrenos agrícolas. Para a drenagem dos campos, o sistema de valas só se encontra com as ribeiras junto à foz, em Salir do Porto.

 

 

 

PONTOS DE INTERESSE

Junta de Freguesia: instalada numa adega industrial do séc. XIX, onde os depósitos foram utilizados como gabinetes.

 

Chafariz dos anos 30: construído quando a povoação recebeu a 1ª rede de abastecimento de água, que chegava a 4 chafarizes.

 

Azenha da Macarca: fazia parte de um conjunto de aproximadamente 6 moinhos de água que existiam ao longo da Ribeira da Amieira, sendo os restantes moinhos de rodízio e que constituíam o maior conjunto conhecido de moagem de cereais na área dos antigos Coutos de Alcobaça.

 

Ribeira da Amieira: Curso de água permanente que constitui hoje a fronteira com as freguesias de Famalicão da Nazaré e S. Martinho do Porto.

 

Celeiro da Macarca: situa-se numa pequena elevação à beira da Ribeira da Amieira e recolhia os cereais do complexo de moinhos. Hoje encontra-se repartido em várias propriedades e adaptado a habitações. Numa empena verifica-se ainda a marca de onde foi retirado o brasão de Cister, que se encontra num dos arcos que dão acesso à Praça D. Afonso Henriques, junto ao Mosteiro de Alcobaça.

 

Jardim Amália Rodrigues: em homenagem à fadista que passou alguns verões nos Casais do Norte, em casa de familiares do primeiro marido.

 

Villa Zélia: antiga casa principal da Quinta dos Casais, construída em fins do séc. XIX e que foi pertença de Adelino António Ferreira, antigo embaixador português em Bangkok. No início era Villa Julia, nome da sua esposa. A entrada da quinta possui ainda duas torres ao gosto romântico da época.

 

Ruínas do lavadouro público onde Amália Rodrigues lavava as suas roupas durante as férias que passou nos Casais do Norte, nos anos 40. Coreto: reconstruído no séc. XIX, ocupa o centro do antigo adro da capela, onde, desde 1707, decorrem as festas a Santo Amaro, também conhecidas por Festa dos Pinhões.

 

Capela de Santo Amaro: construção alpendrada, provavelmente do séc. XVII e que, nessa época, se encontrava fora da vila, na estrada que ligava à Pederneira. No interior mantém imagem em pedra da mesma época e que se encontra representada num azulejo no exterior.

 

 

 

DESCRIÇÃO DO PERCURSO

Percurso com início e fim na Junta de Freguesia. Para oeste, passando pelo chafariz dos anos 30, rua da esq. e rua da dir. e caminho ao longo do muro da Qta. do Vale da Cela. Na bifurcação pela dir., ao longo da A8 e pela passagem inferior. Pela esq. ao longo da A8 até à descida para o viaduto. Toma-se a dir. para visitar a azenha e volta-se pela margem da Ribeira da Amieira, desce-se por baixo do viaduto e segue ao longo da margem. No chafariz da Macarca segue-se pela dir., atravessa-se para a rua onde se situava o celeiro do Mosteiro, seguindo até à Sapateira. À esq. pela Rua Principal e em frente pelo caminho de pé posto até ao Largo Amália Rodrigues onde se segue pela dir., passa-se junto à Villa Zélia e ruínas do lavadouro e desce-se em frente. Depois à esq., de novo à esq. pelo caminho de terra, depois dir., e na segunda à esq. até ao coreto, Capela de Sto. Amaro, edifício do Mercado, e chega-se ao ponto de partida.

 

 

 

 

PATRIMÓNIO NATURAL

Destaca-se a grande variedade faunística característica da zona rural, desde aves de caça, de rapina, canoras e outras, bem como coelhos, javalis, raposas, texugos, saca-rabos e esquilos. Na flora destacam-se as espécies endémicas como carvalhos, sobreiros, pinheiros, carrascos, urzes, murtas e silvas e as plantadas como o eucalipto, as árvores de fruta e as vinhas. Enquanto nas encostas predominam as espécies florestais, no vale destacam-se os pomares e as courelas de hortícolas. Ao longo da Ribeira da Amieira mantem-se a vegetação ripícola constituída sobretudo por salgueiros, choupos, amieiros, aveleiras e canas.

 

 

 

 

FICHA TÉCNICA DO PERCURSO

  • Nome do Percurso: Alfeizerão – Azenhas da Macarca
  • Localização: 

Concelho: Alcobaça

Freguesia: Alfeizerão

  • Tipo de circuito: Pequena Rota Circular
  • Sentido aconselhado: Sentido contrário aos ponteiros do relógio
  • Ponto de Partida e Chegada: Junta de Freguesia de Alfeizerão
  • Coordenadas GPS: Latitude /Longitude: 39.50042150, -9.10211982
  • Extensão total aproximada: 7,4 km
  • Duração aproximada: 2h
  • Altitude:

Máxima: 69 m

Mínima: 13 m

  • Grau de dificuldade: II - fácil
  • Época Aconselhada: Todo o ano. Em dias chuvosos não é aconselhável a realização do percurso.
  • Material aconselhado: Mapa, bússola, binóculos, máquina fotográfica, boné, água, óculos de sol, caderno de notas, agasalho para vento, roupa e calçado confortáveis.
  • Promotores do Percurso e Contactos:

Junta de Freguesia de Alfeizerão

Rua de Moçambique, n.º 11

2460-147 Alfeizerão

Tel.: 262 999 290 | Fax: 262 999 290

E-mail:j.f.alfeizerao@sapo.pt

 

Câmara Municipal de Alcobaça

Posto de Turismo de Alcobaça

Rua Araújo Guimarães, 28

2460-025 Alcobaça

GPS: 39.549615, -8.978705

Tel: 924 032 615 | E-mail: turismo@cm-alcobaca.pt

 

 

 

 

 

 

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